Representantes das religiões de matriz africana e afro-indígenas participaram de um encontro na tarde desta quarta-feira, (28)  na Fundação de Cultura de Camaragibe. Em pauta, a construção de políticas públicas para valorizar essas tradições que reúnem, religião, cultura e tradição. 

Ficou definido que vai ser construído um Grupo de Trabalho que vai criar um Plano de Ação para ser apresentado ao prefeito Diego Cabral. Também será feito um mapeamento atualizado dos terreiros que existem na cidade. No último levantamento, feito em 2010, existiam mais de 67 casas. 

A presidente da Fundação Cultural, Rosa Santana, informou que será criada uma vaga no Conselho de Cultura, com eleição marcada para o próximo dia 07 de junho. “Precisamos que esta representatividade que já existe seja reconhecida e participe das tomadas de decisão. Nos próximos editais já teremos pontuações específicas para essa atividade que é religiosa, mas, também,  cultural e turística, com contribuições importantes nas mais diferentes linguagens como música, dança e gastronomia, por exemplo”, afirmou Rosa, acrescentando que o setor de economia criativa também terá assento no Conselho de Cultura. 

A agenda cultural produzida pelos terreiros e casas de jurema foi colocada no encontro. Como as atividades “Vozes Ancestrais”, em 15 de junho e a  “Caminhada de Oxum”, que acontece sempre no último sábado de julho.

Reconhecido como um das mais tradicionais lideranças religiosas de Camaragibe, com quase 40 anos de sacerdócio, Pai Dja de ỌYÁ ÌGBÀLÈ comemorou os primeiros resultados da reunião “É muito importante destacar o que o prefeito Diego Cabral está fazendo. Chamar os povos tradicionais para construir políticas públicas. Esse gesto de unir, mostrar que na cidade tem terreiros de matrizes africanas e juremeiros que são importantes da história ancestral e para as novas gerações”, elogiou.